Um fator importante que considero no estudo da história da inclusão, é como o Brasil manteve-se atrasado em relação a outros países. A idéia de inclusão escolar é muito recente e caminha a passos lentos.
Historicamente, a educação do indivíduo portador de deficiência nasceu de forma excludente. A sociedade simplesmente rejeitava, ignorava e discriminava esses indivíduos. Não havia preocupação quanto à sua educação ou outra forma de inserção social.
Depois, a segregação que estava relacionada ao isolamento do indivíduo portador de deficiência, marcando assim a discriminação, que induz ao preconceito e impossibilita a inclusão.
Seguida da integração vincula-se à normalização, que defende a idéia de que o portador de deficiência deve tornar-se o mais “normal” possível, ou seja, com modos de vida parecidos ou iguais aos da sociedade, sendo capaz de participar dela ativamente. A inserção educacional dessa forma tinha como proposta a integração do aluno na classe comum, porém o que aconteceu foi uma educação paralela, que se deu em classes especiais ou em instituições especializadas.
O movimento de inclusão surgiu no Brasil no final da década de 80 sendo incrementada em 90, enquanto em outros países já existia desde a década de 50. A inclusão surge visando garantir que todos frequentem a sala de aula do ensino regular da escola comum, independentemente do tipo de deficiência, sendo grave ou não. É uma visão mais completa de inserção do que a de normalização, pois também exige mudanças da escola e da sociedade. Tanto o aluno com necessidades especiais como a escola e a sociedade precisam se adaptar a essa nova concepção; respeitando a diversidade.
Segundo a Declaração de Salamanca, um documento que considero interessantíssimo, uma escola inclusiva é aquela que se preocupa em modificar atitudes discriminatórias, criar comunidades acolhedoras e desenvolver uma sociedade inclusiva.
Hoje acredito que a integração e a inclusão se fazem presentes. A cada ano mais alunos saem da APAE da minha cidade e começam a freqüentar a escola comum. Mas ainda é grande o número de alunos que só frequentam a APAE.
A minha escola já incorporou a Inclusão em seu projeto político pedagógico, mas sinto que ainda falta muito para que realmente a inclusão aconteça. Os professores precisam de mais formação e a escola de mais recursos para a aquisição de materiais pedagógicos e adaptações arquitetônicas. Nós contamos com uma Orientadora educacional que faz a assistência às famílias e duas pedagogas, sendo uma para Atendimento Educacional Especializado.
Sinto que eu preciso estudar cada vez mais! A inclusão está aí e eu tenho que fazer a minha parte!
Devo buscar o máximo de estratégias possíveis para que todos os meus alunos aprendam, tenham acesso ao conhecimento, à cultura e progridam na vida social.
Incluir não diz respeito só ao aluno com necessidades especiais, mas sim TODOS.
Referência:
MORAES, Mara Sueli Simão; MARANHE, Elizandra Andre; (Orgs). Coleção Unesp: Educação de temas específicos. São Paulo: Unesp, Pró Reitoria de Extensão, Faculdade de Ciências, 2009, v.4.
Paola Souza
MORAES, Mara Sueli Simão; MARANHE, Elizandra Andre; (Orgs). Coleção Unesp: Educação de temas específicos. São Paulo: Unesp, Pró Reitoria de Extensão, Faculdade de Ciências, 2009, v.4.
Estou me mudando para Bauru e procurando uma escola para minha filha que sempre foi matriculada como inclusão. com horário e atenção especial. Gostaria de saber quais escolas eu poderia procurar em Bauru. Agradeço se receber algumas dicas.
ResponderExcluirObrigada
Cristiane
Estou pesquisando um pouco sobre inclusão escolar, pois tenho 1 filho de 14a8m e uma filha 12a11m ambos com síndrome de Down sempre estudaram em escola regular inclusiva e estudaram 1a1/2 numa escola da prefeitura!Estão na 7° e 5° séries, não estão alfabetizados! E vão continuar sendo aprovados, isto é processo de inclusão?? ou exclusão? Gostaria de saber de onde vem tudo isto?? Quero entender este processo e iniciar um processo àrduo de mudanças!
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