terça-feira, 8 de março de 2011

Educação quilombola

As comunidades quilombolas não são resquícios do passado, mas sim parte integrante do nosso país e podemos aprender muito com eles. São exemplos de luta e coragem.
Surgiram  para combater a sociedade e o regime escravista do Brasil. Ocupavam áreas estratégicas, que eram desocupadas anteriormente e que vislumbravam alimentação, segurança e liberdade.
Felizmente, atualmente, comunidades quilombolas recebem apoio de entidades federativas para continuarem suas lutas. Têm acesso a cursos, inclusive de formação à distância, EJA e qualificação tanto social como profissional.
Hoje, estão mais próximas das cidades e vivem de acordo com necessidades impostas pelo meio urbano.
Embora a Constituição de 1998 estabeleça o direito de propriedade de terra aos quilombolas que estão naquela região, muitas vezes, há mais de um século, a luta é bem intensa para que isso se torne realidade. Apenas 6 comunidades do estado de São Paulo receberam a titulação da terra.
Importante considerar que não há educação formal nas comunidades ignoradas pelo estado, que são muitas. A educação se dá de forma informal, onde os mais velhos ensinam aos mais novos o que sabem.
O Projeto Quilombos Vivos parece contribuir no processo de escolarização de muitas regiões.
Normalmente só são atendidos os primeiros anos do Ensino Fundamental, pois o acompanhamento dos poderes públicos ainda é precário e sem continuidade. Poderiam também disponibilizar ônibus para essa população frequentar a escola da cidade, mas isso não acontece.
Compreendi que a organização do currículo precisa atender às características das comunidades quilombolas, valorizando sua história e cultura.
Para isso, faz-se necessário, primeiramente, o professor OUVIR e ambos (comunidade e professor) superar as diferenças; para aí sim construir um material pedagógico que permita interação da educação formal e informal.

Paola Souza

Referência:
MORAES, Mara Sueli Simão; MARANHE, Elizandra Andre; (Orgs). Coleção Unesp: Educação de populações específicas. São Paulo: Unesp, Pró Reitoria de Extensão, Faculdade de Ciências, 2009, v.3.

Nenhum comentário:

Postar um comentário