quarta-feira, 13 de abril de 2011

História da EaD

A Educação a Distância (EaD)  faz parte de um processo de inclusão. Através dela cada vez mais pessoas têm acesso a novos conhecimentos, mesmo com as atribulação do dia-a-dia. Estou postando aqui alguns estudos que já fiz sobre essa modalidade de educação. O que mais me impressionou foi que essa modalidade existe a muitos anos. Confiram!

Desde a antiguidade podemos encontrar formas de comunicação educativa. As cartas de Platão e as epístolas de São Paulo, já visavam propiciar aprendizagem aos discípulos.
Na Grécia e na Roma as cartas viabilizavam a instrução, pois além de transmitir informações do cotidiano também transmitiam informações científicas.
Um importante marco foi a Publicação na Gazeta de Boston que oferecia lições sobre taquigrafia para a população.
Na Suécia e, depois, na Inglaterra também há vestígios de EaD. Mas, somente na metade do século XIX, houve realmente uma ação institucionalizada da EaD. Assim, surgiram vários cursos por correspondência em diferentes lugares do mundo.
No século XX aconteceu um movimento para consolidação e expansão da EaD. Sugiram novas metodologias, o desenvolvimento tecnológico destacou-se nesse período
Nas décadas de 60 e 70 surgiram o uso de novas tecnologias como televisão, videocassete e outros.
A EaD no Brasil acontece assim como no mundo atrelada aos meios de comunicação. Primeiro por correspondência, depois televisiva e atualmente por telemática e multimídia, promovendo uma interação quase presencial.
O Projeto Saci foi um importante marco da EaD no Brasil. Utilizava-se rádio, televisão e computadores para atingir escolas, tendo como proposta desenvolver um experimento de utilização ampla dos meios de comunicação para fins educativos.
Depois, outro destaque foi a Fundação Roquete-Pinto que oferecia, em formato de novela didática, instruções educativas. Anos mais tarde eles desenvolveriam o projeto Um salto para o futuro, visando à formação de professores.
A Fundação Roberto Marinho até hoje também desenvolve programas educativos como o Telecurso 2000 e a TV Escola, coordenada pelo MEC, contribui com o aperfeiçoamento, valorização dos professores e qualidade do ensino público.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação regulamenta a EaD no Brasil e surge o PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação) e com um decreto de 1998 o MEC passa a credenciar cursos a distância em todo o país, inclusive de graduação.
Como se pode notar o desenvolvimento tecnológico acompanhou a EaD.
Para Sherrn e Boettcher (1997) a EaD passou por quatro gerações: !ª (1850 à 1960) – caracterizado pelo estudo por correspondência; 2ª (1960 à 1985) – além de materiais impressos havia transmissão de rádio, televisão aberta e outros; 3ª (1985 à 1995) – através de redes de computadores, viodeoconferência, etc e 4ª (1995 até hoje) – uso de meios de comunicação visando cada vez mais interatividade: correio eletrônico, chat, etc.
Já o site wikipedia cita 3 gerações, sendo a primeira por correspondência, a segunda teleducação e telecursos e terceira por ambientes interativos , marcadas pelas novas tecnologias do século XXI.
Portanto estamos na 3ª ou 4ª geração, na última. Marcada pela informatização e interatividade.
A EaD destaca-se como uma modalidade da atualidade, pois visa uma melhor e maior interatividade e proporciona maior flexibilidade e acessibilidade à educação.
Essa modalidade de educação exige um elevado grau de compromisso e maturidade do educando que precisa organizar seus estudos e horários. Além de ser importante ter conhecimentos básicos de informática.
Precisamos nos atualizar, estamos num novo tempo. A tecnologia está presente para ser aproveitada e explorada. Ela possibilita maior acesso à cultura e educação.

Paola Souza
Referências:

MOURÃO, Marisa Pinheiro; ARRUDA, Eucídio Pimenta; MIRANDA, Hélio Carlos de.  Coleção UFU: Introdução à Educação a Distância. Minas Gerais: UFU, Centro de   Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial, 2010, v.1.

Site: http://www.lami.pucpr.br/pucweb/site_pucweb/ead.php. Disponível em: 14 de dezembro de 2010.

Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia, Disponível em: 15 de dezembro de 2010.

domingo, 27 de março de 2011

LIBRAS

Para conhecer um pouquinho da Língua Brasileira de Sinais gostei muito desses três vídeos:
Alfabeto:


Palavras:

Frases:

*Na internet também é possível encontrar histórias infantis e músicas diversas em LIBRAS.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Surdez



Inclusão significa reestruturação da escola para que ela se torne capaz de atender a todas as necessidades educacionais especiais de seus alunos, inclusive dos surdos.
Segundo BRASIL (2006), ao matricular um aluno surdo na sua escola a primeira providência a se tomar é comunicar-se com a secretaria da educação solicitando a capacitação de seus professores e demais membros da comunidade escolar. Mesmo porque nenhuma escola pode recusar a matricula por não se considerar apta ou não ter professores qualificados.
No processo de inclusão é importante considerar também que embora haja fatores biológicos para determinar graus diferentes de perda auditiva, cada um é único, com experiências próprias dentro de contextos (histórico, social, cultural) diversos. A surdez não impede a pessoa de ser, de viver em sociedade. Sua identidade cultural deverá ser valorizada e preservada pela escola.
Para o aluno surdo é essencial o ensino da língua de sinais, paralelamente ao ensino da língua portuguesa. Sendo que a língua de sinais será sua primeira língua.
A educação bilíngüe para alunos surdos se dará em momentos distintos para cada uma das línguas.
Além disso, deve-se considerar que:

“A aquisição de LIBRAS desde a mais tenra idade possibilita às crianças surdas maior rapidez e naturalidade na exposição de seus sentimentos, desejos e necessidades. Possibilita a estruturação do pensamento e da cognição e ainda uma interação social, ativando consequentemente o desenvolvimento da linguagem”. (BRASIL, 2006, p. 26)

Para se trabalhar nesse processo bilíngue o professor deverá ser qualificado para que não pratique o bimodalismo, que é a mistura das duas línguas, pois cada uma tem sua própria estrutura. Sendo necessário que o aluno freqüente também o AEE (Atendimento Educacional Especializado) para se desenvolver nesse sentido, adquirindo ainda informações complementares às da sala de aula comum.
O aluno surdo é capaz de aprender tanto quanto os outros. Segundo BRASIL (2006), a metodologia e a didática que serão diferenciadas, sendo necessários muitos recursos visuais e atividades contextualizadas.

Sugestões encontradas:



Paola Souza

Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Educação
     infantil: saberes e prática da inclusão - dificuldades de comunicação e
     sinalização – surdez. Brasília: MEC, SEESP, (Ed. Infantil. v. 6), 2006.

SILVA, Keli Maria de Souza Costa. Coleção UFU: Práticas educacionais
     inclusivas:   deficiência auditiva. Minas Gerais: UFU, Centro de Ensino,
     Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial, 2010, v.4.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Deficiência visual

Personagem Dorinha, criada por Maurício de Souza


Atualmente, há inúmeros recursos que facilitam a escolarização dos alunos com deficiência visual.
Acredito que utilizados de maneira adequada, fazendo uso da mediação, todos podem trazer benefícios.
Desde recursos simples como variação de jogos e adaptações nos livros infantis até recursos tecnológicos como sistemas operacionais complexos capazes de facilitar o acesso desses usuários aos computadores.
O problema é que na nossa realidade dificilmente vamos encontrar esses recursos disponíveis. Estamos longe de ver um número considerável de escolas comuns que tenham máquina de datilografia braile e sorobã, por exemplo.
Precisamos então pensar em alguns recursos pedagógicos que possam ser confeccionados por nós para facilitar o processo de aprendizagem.
Podemos confeccionar jogos, como o bingo de formas geométricas, sugerido em um material do MEC/SEE de 2006. As formas geométricas são recortadas de algum material tátil como EVA, depois são coladas nas cartelas e em pequenos cartões para serem sorteados.
Também é possível fazer jogos da memória com materiais de texturas diferentes ou com canetinhas de alto contraste, para o aluno com baixa visão.
Os livros sensoriais podem ser confeccionados com ajuda até do próprio aluno, utilizando sucatas, tintas que dão relevo, tecidos, lixa, lã, etc. Os textos são ampliados no caso de crianças com baixa visão. Já para crianças com cegueira, o braile.
Para ensinar conteúdos precisamos sempre pensar em alguma atividade prática em que o aluno possa fazer uso de materiais concretos, que utilizam os outros sentidos, para sua compreensão. No material citado acima encontrei uma sugestão para se trabalhar os meios de transportes, que pode ser aplicado em projeto como “trânsito”. O professor confecciona os meios de transporte com materiais como sucata, utiliza bacias com água para representar os rios, desenha ruas, postes, etc.
Existem hoje também boas perspectivas para o sistema escolar informatizado. Um simples sintetizador de voz pode fazer muita diferença, pois ajudarão a criança a ter acesso a jogos pedagógicos, textos, etc. por meio da linguagem verbal no computador.
Deverão ser propostas atividades para o aluno conhecer esse software e poder utilizá-lo bem. A mediação em forma de questionamento o faria compreender como esse recurso poderia ajudá-lo a jogar (para de divertir, inclusive) e aprender a aprender.
Os leitores de tela, outro recurso interessante, fazem uso de sintetizadores de voz para que os alunos consigam navegar pelas telas do computador a partir de comandos especiais. Hoje os mais conhecidos são o dosvox e virtual visuon de produção nacional e outros como: Window Bridge e Jaws, importados e mais sofisticados. Cada um tem uma maneira própria de se comunicar com o leitor. O importante é descobrir com qual o aluno terá mais facilidade, embora um fator importante de considerar seja que o Dosvox é gratuito. Mesmo que segundo BRASIL (2006) ele tenha “como desvantagem a pouca qualidade sonora e a limitação de acesso a outros programas”.
Atualmente, segundo BRASIL (2006) “há gerenciadores de impressão em braile que facilitam a impressão” como: Braile Fácil, Duxbury, WinBraille e o que na minha opinião seria o mais interessante Tactile Graphics Designer que possibilita a impressão de ilustrações em relevo. Mas é claro que para se imprimir é necessária uma impressora braile específica conectada ao computador.
Programas como esses facilitam a impressão de diferentes materiais para leitura e escrita.
Paola Souza
Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Educação
     infantil: saberes e prática da inclusão - dificuldades de comunicação e
     sinalização – deficiência visual. Brasília: MEC, SEESP, (Ed. Infantil. v. 7),
     2006.
______. Formação continuada a distância de professores para o
      Atendimento Educacional Especializado. Brasília: SEESP/SEED/MEC, 2007.
     Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf.
     Acesso em: 14 de mar. 2011.



quinta-feira, 10 de março de 2011

Diversidade

Encontrei esse texto no site da revista Nova Escola e achei bem interessante. Confiram!!!

Diversidade sempre, desde a Educação Infantil

Valorizar diferentes raças e gêneros e pessoas com deficiência é trabalho para todo dia. Materiais adequados são um bom aliado nessa tarefa

Ana Rita Martins
Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade - e não apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares. Outra recomendação importante é que a questão não seja tratada como um conteúdo específico (o que invalida propostas do tipo "bom, turminha, agora vamos todos entender por que é importante respeitar as diferenças").
Melhor que isso é abordar o tema de jeito natural, inserindo-o em práticas diárias, como brincadeiras, leitura e música. "O convívio cotidiano é a forma mais eficaz de trabalhar comportamentos e atitudes", diz Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. 
Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem as diferentes raças, pessoas com deficiências físicas e mentais e mostrem meninos e meninas em posição de igualdade. Ao comprar instrumentos musicais, contemple os de diversas culturas.
No caso de brinquedos como bonecas, já existem lojas que se preocupam especialmente em privilegiar a diversidade. A compra de livros pode ser mais difícil: uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas que analisou 33 obras de Língua Portuguesa só encontrou duas meninas não brancas nas ilustrações.
Entretanto, a busca criteriosa e a leitura prévia costumam resolver o problema. Se a turma já estiver em fase de alfabetização, o Guia Nacional de Livros Didáticos, do Ministério da Educação, é a melhor referência - ele garante que as obras recomendadas não contêm situações de discriminação.
Não se pode esquecer que os pequenos aprendem com o exemplo dos adultos. Pensando nisso, a direção da EMEI Aricanduva, em São Paulo, capacitou a equipe para lidar com a diversidade. Antes, só algumas professoras trabalhavam a questão, por meio de projetos específicos. Hoje a diversidade é contemplada em todo o currículo. "Um resultado prático é que, agora, crianças negras que se retratavam como brancas nos desenhos passaram a usar lápis marrom e preto", comemora a coordenadora Cleide Andrade Silva.

Texto extraído do site:  http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/diversidade-sempre-427144.shtml